domingo, 28 de junho de 2009

Sou aquela espécie
Que
Se sou repelente
E assusto
Quem passa por mim,
Também sou
Capaz de atraír
Quem me vê
E me admira...
Simplesmente
Porque eu sou assim...

É porque não sou
De espécie nenhuma.
Sou
Como que peça original
Que não tem,
Exactamente,
Nem bem,
Nem mal.
E que deixa
Qualquer um a questionar
De que tipo de tela,
Ou livro,
Ou estátua
Eu deveria fazer parte
Enquanto
Totalidade
[Ou pormenor]
De uma peça de arte.

Sou
Como que
Cigana
Semi-inserida.
Não sou
Nem desejada,
Nem excluída.
E tenho um lugar
Destinado a mim,
Que todos questionam
Qual será,
Se estará bem delineado,
Ou se será apenas
Um lugar assim assim.

Teresa Belo

2 comentários:

  1. Bem, minha querida amiga....!

    Diria que temos aqui o desabrochar de alguem que vive e ama as palavras.

    Espero que continues a visitar-me, partilhar os teus sentimentos e emoções e encontar o alento que seguramente te ajuda a olhar a vida de forma mais fácil e agradavél.

    Um grande beijinho e volta sempre,

    Jose Lobo Pires

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  2. Aqui vai o cometário da Teresa

    Quando Surges Na Noite": Pois é. este poema que aqui puseste provocava-me. Mexia comigo. É porque a minha terra não é assim. Assim é como eu gostava que fosse a minha terra. E claro, toda a forma como o autor expõe as ideias. parece que estou a gozar o clima, a paisagem, o ritmo. Mas não, Zé. Eu estou na minha terra. Mas já que me provocaste, com um grande beijinho muito amigo, cá vai a reacção.

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