segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A minha arte II





Aqui estou eu de novo a partilhar convosco, um pouquinho mais das minhas peças africanas. Neste caso, duas caras esculpidas em madeira e oriundas de Angola. Uma vez mais o artista consegui realçar a beleza angolana, através de um traço fino e elegante que seguramente a todos encanta.

domingo, 13 de novembro de 2011

A minha arte II




Eis a célebre Palanca Negra, Simbolo da minha terra . De facto eram imponentes correndo nas enormes savanas africanas. Esta tem um encanto especial para mim, pois foi-me oferecida por um grupo de Angolanos da companhia onde trabalhava que nos visitou em Lisboa.

sábado, 12 de novembro de 2011

A minha arte II





Instrumentos musicais de rara beleza. Sonoridades que nos transportam para locais onde a natureza se confunde com a toda a nossa existencia. A Marinba fou uma oferta da minha colega e amiga Lena Zilhão a quem muito agradeço e reconheço .

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A minha arte II






Em continuidade á minha arte, aqui vai mais uma linda peça, se não me engano oriunda da Africa do Sul e pertença do meu Amigo Martinho. Fez o favor de me deixar partilhar convosco, esta e outras lindas peças que tem obtido nas suas viagens por terras de Africa. De facto é de grande beleza, executada em madeira extremamente resistente, e enfeitada a missanga o que lhe confere uma rara beleza.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

FELICIDADE

Há muito pouco tempo, tive oportunidade de fazer um cruzeiro maravilhoso no rio Nilo. O cruzeiro foi deslumbrante, mas para dizer a verdade o que mais me maravilhou foi a orquestra de bordo. Disseram-me depois que era uma orquestra muito dada a cruzeiros e com muita experiência.
Aconselho quem for fazer essa viagem, que esteja atento. Pode sempre calhar-lhe a tal orquestra.
Para todos os amigos, abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim.
GED

sexta-feira, 30 de setembro de 2011




Aqui estou de novo com as minhas peças de arte africana. Neste caso uma peça semi-estilizada, de uma mulher carregando a sua Quinda, onde transportavam os mais diversos produtos. Desconheço a origem mas aprecio o detalhe das missangas, artefatos muito usados pelas mulheres que lhes realçava a beleza tão natural em áfrica. Tem uma altura de 50 cm, esculpida em madeira de cor natural.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A todos os meus amigos, a quem convido á leitura deste poema, e que façamos uma reflexão profunda e tiremos as devidas ilacções.
Não podemos deixar fugir o tempo sem o "usar" até ao limite.


"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"

fernando pessoa

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DIAS

Há dias em que o dia não é mais que um dia.
Outros há, em que apenas num, cabe toda uma vida.
Há dias em que do nascer e por do sol nunca o dia amanhece.
Outros há, em que tudo acontece.
Talvez seja, não sei se também a vós vos parece
Nada! Talvez euforia ou será só nostalgia?
Oh quanta ingenuidade
Não acreditar que virá o dia
Em que vou acreditar e até aceitar!
Que a vida nesta idade
Acreditem que é verdade
Se faz de felicidade
Alguma sabedoria
E a vossa amizade

A todos os meus amigos que um dia ainda o serão!

sábado, 4 de junho de 2011

A minha arte II

Sempre que visitava aquele cliente, regressava com uma estranha sensação de injustiça e tristeza.Esquecida a um canto,no parapeito de uma janela, estava uma peça, que vos apresento e que estou certo estarão todos de acordo comigo, retrata fielmente o rosto bonito da mulher africana. Certo dia oiço aquilo que há muito ansiava: Voçê que veio lá das áfricas não quer aquela estatueta? Anda para aí á montes de tempo e eu não aprecio muito a esse tipo de peças. Imaginam seguramente a minha cara de espanto e de felicidade ao mesmo tempo pela pergunta e por poder dar-lhe o lugar que ela merece, cuidando-a para sempre e olhando nela cada dia um pouco da beleza da minha terra . Acreditem, dia inesquécivel para mim.





terça-feira, 31 de maio de 2011

A minha arte


Meus Caros Amigos,


Como deverão imaginar sou um apaixonado de arte africana. Como tal vou apresentar-vos parte das minhas peças, tentando contar um pouco do que cada uma delas transporta.

No que refere á peça que hoje decidi apresentar-vos, estava eu e a Mena a passear tranquilamente em Brugges na Bélgica, quando demos com um mercado tipo feira da ladra onde se vendia de tudo.
Dei logo de caras com esta cabeça, e de imediato perguntei pelo preço. Em françês alguém me respondeu six-cents belgium francs, na altura o franco valia cerca de 5 escudos. Disse para a Mena: é de borla. Não sei o que entendeu o comerciante que de imediato, baixou o preço. Cinq-cents belgium francs. Como é evidente paguei de imediato antes que a minha cara de espanto e de alegria me pudesse estragar o negócio. Embrulho feito e aí venho eu de "cabeça" em riste até Lisboa onde lhe dediquei um espaço nobre como merece.







terça-feira, 17 de maio de 2011

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
E em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz

Mas acontece que sou triste...

De Vinicius de Moraes, o poeta branco mais preto do Brasil.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Musseques que Choram


Nos musseques gemendo de dor
Sua gente indefesa tombava
Os canhões lá no longe arfavam
procurando vitimas sem fim...

As crianças gritavam de medo
Seus pais inocentes com eles
E as vitimas tombavam sem conta
p´ra pagar uma guerra sem quê

mas porquê...?
mas porquê...?
"
"
Mas a guerra vai continuando
Semeando a morte e destruição
Um dia as crianças perguntarão
Quem o autor desta reconstrução?

Mas então quando já forem grandes
A justiça por suas mãos farão
e então quem irá pagar
por tal guerra de destruição?

mas porquê...?
mas porquê...?
"
"

Mas a guerra vai continuando
Semeando a morte e destruição
Um dia as crianças perguntarão
Quem o autor desta reconstrução?

Mas então quando já forem grandes
A justiça por suas mãos farão
e então quem irá pagar
por tal guerra de destruição?

Ai úe, ai úe
Ai úe, ai úe
Ai úe, ai úe
Ai úe, ai úe


Letra e música de jlp

quinta-feira, 31 de março de 2011

Carta a Fernando Pessoa

Caro Fernando, sou o teu amigo Alberto. Espero não estar a interromper de maneira nenhuma a tua escrita, mas queria contar-te como vão as coisas aqui pelo campo. As árvores continuam árvores, o rio continua o rio, a brisa continua a brisa… Não há nada que mais me alegre que me deitar na relva, sentir a frescura dela na base do pescoço, ouvir os pássaros a cantar, olhar as nuvens na sua constante movimentação e transformação… Agora que me lembro Fernando, li a tua última obra, e como já sabes, acho que racionalizas demasiado as coisas. Sinto na tua escrita que não és inteiramente feliz, talvez nem feliz de todo. Já te expliquei o porquê de não seres verdadeiramente feliz, meu bom amigo, porque escolhes não me ouvir? Apenas o que a Natureza tem para oferecer nos pode fazer felizes. É tão simples! Basta olhares para um prado verdejante, e sentires o que nele se passa, sentir a relva, sentir a brisa, sentir o sol. Ah! Fernando… Basta sentir! Não há necessidade de entender o que se sente! Vê tudo o que a Natureza tem para mostrar, apenas isso. Vê como um danado! Só não vê, quem está doente dos olhos, e esses, precisam de pensar e assim nunca alcançam a verdadeira felicidade, que é nada mais que o que nos é apresentado pela Natureza… Ela é perfeita na sua constante renovação… Oh… Fernando, se soubesses o tempo que fico a olhar para as flores e para os montes, para o sol e para o luar, desejando deixar de ser eu, para ser todas essas coisas, perdido no tempo que nem passa nem deixa de passar. Para mim estar em contacto com a natureza é estar em contacto com Deus, porque Deus é as árvores e flores, e prado e rio… Sabes que não tenho filosofias, só sentidos, mas para ti que ainda não entendes a metafísica que existe em não pensar em nada, vou tentar dar-te um conselho que entendas com a tua estranha maneira de viver. Vive a Natureza. Vê-a e ouve-a… Sente-a. Com amizade, Alberto Caeiro...... by johnthepires

Testamento

À prostituta mais nova Do bairro mais velho e escuro, Deixo os meus brincos, lavrados Em cristal, límpido e puro... E àquela virgem esquecida Rapariga sem ternura, Sonhando algures uma lenda, Deixo o meu vestido branco, O meu vestido de noiva, Todo tecido de renda... Este meu rosário antigo Ofereço-o àquele amigo Que não acredita em Deus... E os livros, rosários meus Das contas de outro sofrer, São para os homens humildes, Que nunca souberam ler. Quanto aos meus poemas loucos, Esses, que são de dor Sincera e desordenada... Esses, que são de esperança, Desesperada mas firme, Deixo-os a ti, meu amor... Para que, na paz da hora, Em que a minha alma venha Beijar de longe os teus olhos, Vás por essa noite fora... Com passos feitos de lua, Oferecê-los às crianças Que encontrares em cada rua... Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Solidão

Não é estar só.
É estar com quem nos faz sentir ninguém.
É perder quem nos faz sentir alguém.
É não olhar o espelho que reflecte quem somos nós.
É ouvir o silêncio do tempo que não passa.
É sentir a noite longa entrar pela manhã.
É esquecer que nem sempre temos razão.
É não ouvir mais, não, nunca, talvez.
É sentir que não existe nada mais.
É morrer cada dia, todos os dias.
Não é estar só.
Não, não é.

Óh quanta solidão invade o nosso mundo!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Abraço

Que seja forte
Do tamanho do mundo.
E como o vento norte
Solte teu Eu vagabundo.
Que seja forte
Do tamanho da imaginação
E como o vento norte
Acabe a tua solidão
Que seja forte
Como a tua paixão
E como o vento norte
Enobrece teu coração.
Que seja forte
Como a tua esperança
E como o vento norte
Desperte a tua criança
Que seja forte
Como essa criança
E como o vento norte
Mesmo que sopre forte
Te traz á lembrança
A vida p´ra além da bonança.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


Ninguém pode ficar indiferente. As suas cores, embebidas de uma mensagem forte e sempre actual, capaz de nos transportar, ao mais feliz imaginário, rico de memórias inesqueciveis e muita muita saudade. A minha homenagem ao artista. Malangatana