quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Caros Amigos,

Passado que está cerca de um mês do nosso encontro, o 20º, entendemos ser agora o momento ideal para falarmos um pouco sobre a nossa experiência.

Os objectivos são muito simples: partilhar convosco o que sentimos e perceber onde podemos melhorar de modo a reforçar o grande objectivo de que já no próximo encontro, o 21º, sejamos mais a participar e que no final todos possamos sentir que valeu a pena mais este encontro dos nossos encontros.

Recebemos inúmeros comentários o que desde já agradecemos. Dos que adoraram, dos neutrais e daqueles que de todo não gostaram. Uma certeza podem ter: valorizamos todos da mesma forma e vamos tê-los em conta na preparação do próximo encontro.

Quando iniciámos a organização, definimos claramente o que pretendíamos e o aspecto primordial foi o de criar um ambiente e contexto em que cada um de nós pudesse desfrutar em pleno da amizade de todos os Cubalenses , não esquecendo aqueles que, mesmo sem terem bebido água do rio Cubal ou cheirado a terra sacudida pela chuva, se têm vindo a juntar a nós e que são, seguramente, a garantia da continuidade. Os nossos herdeiros, familiares e amigos ou seja, todos aqueles que connosco querem partilhar esta nossa festa.

Fizemos tudo a pensar em todos nós, Cubalenses, investindo o que de melhor temos e sabemos, acreditando sempre que a tolerância é e sempre será, apanágio das gentes do Cubal. Só assim conseguimos manter esta unidade depois de tantas provações a que fomos sujeitos, quando forçados a abandonar a terra que nos deu dos melhores momentos da nossa vida.

Em nenhum momento interiorizámos a ideia de ser “o nosso encontro”. Pedimos ajuda, ouvimos sugestões, introduzimos alterações, seguimos conselhos e usámos a experiência de outros etc., etc., abrimos a porta a que todos pudessem contribuir e todos vós o fizeram mesmo que apenas marcando a vossa presença em Mira. Aliás, um dos mais importantes objectivos por nós delineados. O nosso Obrigado e os mais sinceros parabéns a todos pelo sucesso do nosso encontro.

Foi bom, divertimo-nos imenso, tivemos oportunidade de estreitar amizades, de perceber o quanto somos iguais e diferentes e de sentir o peso da responsabilidade. Conhecemos pessoas, que mesmo não tendo qualquer afinidade com a terra, quiseram brindar-nos com a sua disponibilidade e amizade proporcionando-nos bons momentos. Também a eles o nosso agradecimento.

É por tudo isto que temos força para enfrentar de novo um ano mais, mas tal como já referimos, continuaremos de mente aberta a tudo e todos os que possam contribuir para o objectivo maior: a unidade e o bem-estar de todos os Cubalenses.

No entanto, não há bela sem senão e reconhecemos terem existido alguns aspectos menos conseguidos. Serão seguramente reformulados e alterados. Temos a expectativa de que o 21º será certamente ainda melhor do que o 20º. Sentimos que com mais meia dúzia de eventos, até poderíamos dizer que éramos uns ”experts” em organização de encontros e não uns meros amadores voluntariosos com intenção de inovar e fazer mais.

Mas como sabem há que passar a pasta, outros haverá com excelentes projectos e muita vontade de os colocar ao dispor de todos nós, tornando a nossa festa em algo inesquecível e á qual ninguém quererá faltar. Nós, haja o que houver, não deixaremos de lá estar.

O próximo encontro já está aí… o tempo corre na medida da nossa vontade do reencontro.

Contamos convosco.

Um enorme abraço Cubalense

Mimi Peixoto, Faria de Sousa e José Lobo Pires

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Saudades

Ai ai aihhhhh!
que saudades eu tenho,
dos meus amigos,
da minha infancia...!

Ai ai aihhhhh!
que saudades eu tenho,
daqueles momentos,
naquele tempo...!

Que saudades eu tenho,
Daquela amizade simples
Que cresce em cada dia
Amadurece e dá fruto.

Que saudades eu tenho,
Daquela amizade simples
Que se sente, marca e perdura
Mas, jamais se esgota

Que saudades eu tenho
Daquela amizade simples
Que é pura, mordaz e justa
Mas, sempre presente

Que saudades eu tenho,
Dos meus amigos, da minha infancia...!
Sim dos meus amigos,
Os amigos da minha infancia.

sábado, 14 de novembro de 2009

Quando transpareço
No sangue,
Que sou eu,
Que implude
Com a vida inteira.

Quando faço de mim
Ponta de vida
Que se atira à toa
E atiça a fogueira.

Quando sou
Água,
Pão,
Um agasalho,
Só porque caio
Na miserabilidade
De tapar os olhos
Para não ver
A miséria.

Lx. 14-XI-2009