Bissau cresce
quando o sol desce
vem com o fio da noite
e só adormece
quando amanhece
O alcool
e o weekend
inflamam corpos
cheios de adornos
Nas noites
há insónias
e sónias de muitos nomes
não é só o mote
aqui há funk
há merengada
e antilhesas na madrugada
lufadas de amor
moldam corpos
suarentos de ardor
há um saracoteio
permanente
na passerelle da noite
coxas remechendo
num sincopado
que dá sincopa
o odor
mastiga o ar
sem pudor mistura-se
confunde-se
catinga
chanel
paco rabane
água cheiro
suor
e dior
ça va comme ça
tudo muito very special
o old scotch
dá o toque final
é fatal
afinal porque não...
a batucada cresce
abre o espaço
a cidade dorme
Autor: Zé Manel
OLÁ DEMOCRACIA.
Há 1 dia
Este é o meu modesto contributo para que o teu espaço continue vivo,expressando sentimentos de saudade e nostalgia.
ResponderEliminarFoi num desses momentos que por acaso encontrei este poema que me fez recuar um bom par de anos.
África e em particular a Guiné e o seu povo, estão sempre presentes.
Um abraço
António Branco
Tó, Obrigado.
ResponderEliminarJá tinha lido este poema no teu espaço e tinha adorado.
De facto é muito bonito.
Um abraço